Segunda-feira, 10 de Outubro de 2022, 10h:55 - A | A

EM POCONÉ

Projeto social de empresário da mineração financia Hospital Geral

Mensalmente, a Fomentas Mining faz repasses financeiros para custear 100% da medicação e dos partos cesarianos

Da Assessoria

Com um custo mensal de aproximadamente R$ 63 mil, o projeto da Fomentas Mining, uma das associadas do Instituto Somos do Minério, é responsável pelo pagamento de 100% da medicação e dos partos cesarianos do Hospital Geral de Poconé.  

O projeto, que teve início em 2018, já realizou o repasse de mais de R$ 820 mil para compra de medicamentos, e permitiu a realização de mais de 480 partos, com custo total de R$ 1,3 milhão chegando à soma de R$ 2,1 milhões financiados ao longo da parceria.  

A iniciativa partiu do empresário Valdinei Mauro de Souza, CEO da Fomentas Mining, ao ser apresentado a situação em que o hospital se encontrava.

“Poconé sempre nos acolheu como uma mãe, nos abençoando muito. Quando nos procuraram, e entendemos a situação complicada que o hospital se encontrava, com muitas dívidas, pronto para fechar, tivemos que intervir”.  

Segundo o diretor geral do hospital, Danton Caporossi, a ação vem permitindo o pleno funcionamento do hospital após um período crítico em que o órgão público correu o risco de fechar as portas por falta de financiamento.  

“O hospital é mantido quase que integralmente pelo SUS com um recurso mensal de R$122 mil, dos quais 90% é utilizado para a folha de pagamento. Restam ainda os encargos, a compra de oxigênio, de alimentação, de insumos e outros. Se essa parceria se encerrasse, principalmente em relação a medicação, seria fatal, com certeza não conseguiríamos manter as portas abertas”, afirma Danton.  

Para o diretor, falta visibilidade para ações como essa. “É necessário enaltecer essa parceria, da qual a população de Poconé e do entorno da cidade toda depende e muitas vezes nem sabe”, ressalta.  

Segundo Valdinei, com o apoio e transparência que o Somos do Minério vem trazendo para as ações do setor da mineração, planos ainda maiores já estão em pauta. “Queremos convocar cada vez mais empresários a apoiar o Instituto. Com o Somos do Minério, possuímos o projeto de construir um novo hospital para Poconé, para atender não só os partos, mas todas as necessidades clínicas e cirúrgicas da população local. Os terrenos já foram adquiridos, e estamos em fase de planejamento estrutural”, destaca.  

Para o empresário, é motivo de orgulho dizer que agora novos poconeanos nascem todos os meses, sem precisar se deslocar para Cuiabá ou Várzea Grande.

“É a nossa forma de retribuir a essa cidade que nos acolheu tão bem. Queremos ampliar os projetos e convocar a cadeia produtiva da região a apoiar a causa do hospital. Somos do Minério, somos do bem e queremos inspirar cada vez mais gente a promover o bem junto conosco”, conclui.  

Segundo Andrei Giometti, presidente do Somos do Minério, este é apenas o começo das ações sociais do Instituto. “Muitos empresários já desenvolvem ações sociais no entorno das suas atividades e queremos fortalecer, fomentar e dar visibilidade a essas iniciativas. Queremos apoiar e já estamos em busca de projetos filantrópicos dentro da zona de influência da mineração, nos estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia e Goiás. Seremos um canal de propagação dessas boas ações”, conclui.    

Partos  

Segundo o médico obstetra, Dr. Rogério Barros de Siqueira, responsável pelo atendimento às gestantes do convênio, o hospital não fazia partos desde 2015. “Era somente em ocasiões muito críticas, quando a paciente já chegava parindo realmente e não havia mais tempo de se deslocar para Cuiabá ou Várzea Grande, mas não eram condições adequadas”, afirma.  

O médico explica que com o convênio, um levantamento é realizado com os postos de saúde, que encaminham as grávidas em fase final de gestação, e então é feito um monitoramento caso a caso. “Avaliamos desde a posição dos bebês ou que já passaram do dia, ou casos em que a mãe possui alguma condição de risco e vamos dando prioridade caso a caso”, afirma.  

O atendimento começa antes do parto em si, com acompanhamento do final da gestação, e se estende no pós parto. “Elas ficam 48h internadas, com acompanhamento com a pediatra da clínica, até a alta”, explica.   

Segundo Rogério é gratificante participar da iniciativa. “É muito prazeroso fazer parte de um projeto como esse, que permite o nascimento desses bebês aqui, o que há anos já não acontecia. Estamos aqui e conhecemos todo mundo, então sabemos da situação dessas pessoas e o projeto veio justamente para atender esse público mais carente. É muito digno, me sinto muito honrado em participar”, conclui.  

O Dr. Rogério Barros é atualmente o único obstetra de Poconé, e participa do convênio através da Clínica Plena.

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