O ouro fechou em alta modesta nesta terça-feira (13), apoiado pela fraqueza do dólar e dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano), após dado de inflação dos EUA ampliar expectativas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Os ganhos, no entanto, foram limitados pelo clima de apetite por risco em Wall Street.
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,15%, a US$ 2.507,80 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na máxima intraday, o metal precioso voltou a se aproximar do seu maior nível histórico, registrado em 2 de agosto.
Segundo o Commerzbank, as tensões geopolíticas no Oriente Médio e as expectativas em relação aos cortes de juros pelo Fed são os principais catalisadores dos preços do ouro, apesar da queda recente.
Hoje, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA ampliou precificação de relaxamento mais agressivo nos juros pelo BC americano em 2024, após os números virem abaixo do esperado e, conforme a High Frequency Economics (HFE), sinalizarem moderação da inflação. Isso enfraqueceu os juros dos Treasuries e o dólar no exterior, aumentando a atratividade do ouro. De acordo com o Commerzbank, o rali pode ganhar ainda mais força amanhã, na esteira da divulgação da inflação ao consumidor (CPI, em inglês).
Para o ANZ, o ciclo de flexibilização monetária do Fed deve atrair investimentos para o ouro, quando começar, e elevar os preços para a marca de US$ 2,550 por onça-troy, tendo em vista também a continuidade da demanda do metal precioso por BCs.
No entanto, o TD Securities ressalta que a alta dos preços do ouro ainda é limitada pelo ambiente de posições longas dos investidores, apesar da procura de demanda por segurança associada a riscos geopolíticos.