O ouro fechou em alta nesta segunda-feira (23) e voltou a renovar recorde, impulsionado pelas expectativas de investidores por mais cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ainda este ano e pela crescente demanda por ativos seguros, em um clima de alta incerteza geopolítica e econômica.
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,23%, a US$ 2.652,50 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), renovando recorde de fechamento pela terceira sessão consecutiva. Durante a sessão, o metal precioso chegou a ser negociado a US$ 2.659,80 por onça-troy e renovou maior nível histórico.
Os investidores observam o metal precioso como uma proteção contra os riscos globais, apoiados ainda mais pelas compras sustentadas dos bancos centrais, diz o analista sênior de mercado da XS.com, Antonio Ernesto Di Giacomo.
Muitos observadores do mercado preveem que o ouro continuará subindo, atingindo a marca de US$ 3.000 a onça em breve, apoiado pela flexibilização da política monetária adotada pelos principais bancos centrais e pela iminência de uma eleição presidencial dos EUA muito disputada, diz Giacomo, em uma nota.
A alta do ouro parece imparável neste momento, e os retornos ao ponto mais alto de todos os tempos estão se tornando uma ocorrência frequente, segundo um relatório do Rabobank.
“Isso talvez não seja nenhuma surpresa, já que o Fed enganou muitos economistas ao iniciar o ciclo de flexibilização com um corte muito grande nas taxas, mesmo com o crescimento permanecendo forte, a inflação acima da meta e o déficit federal em níveis surpreendentes”, diz o banco cooperativo.