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Terça-feira, 02 de Setembro de 2025, 19h:26 - A | A

MERCADO

Ouro bate recorde e prata atinge máxima em 14 anos

Alguns bancos centrais já ampliaram suas reservas de ouro a ponto de superar a proporção de Treasuries

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O ouro registrou nesta terça-feira (2/09/2025) o maior valor de sua história, com contratos futuros de dezembro fechando a US$ 3.592,20 por onça-troy na Comex, em Nova York, após atingir máxima intradiária de US$ 3.595,00.

A prata também surpreendeu, subindo 2,13% e alcançando US$ 41,59 — maior nível em 14 anos, desde 2011, reforçando a força do mercado de metais preciosos em um cenário de incertezas globais.

Segundo a IstoÉ Dinheiro e análises de bancos internacionais, a disparada reflete a fuga de investidores dos Treasuries (títulos do governo dos EUA), diante do aumento dos juros, preocupações fiscais e tensões geopolíticas.

Pela primeira vez, o metal superou em importância os papéis americanos nas reservas de alguns bancos centrais, o que sinaliza uma mudança estrutural no sistema financeiro internacional.

Por que o ouro disparou para recordes históricos

O banco suíço Swissquote aponta que a valorização do ouro tem relação direta com a perda de confiança nos Treasuries, historicamente vistos como ativos mais seguros do mundo.

A escalada da dívida dos EUA, os sucessivos rebaixamentos de ratings e a incerteza fiscal vêm diminuindo a atratividade desses papéis.

Além disso, o Federal Reserve (Fed) deve iniciar em breve um ciclo de cortes de juros, o que reduz ainda mais a rentabilidade dos títulos americanos. Para investidores, isso fortalece o ouro como reserva de valor em tempos de instabilidade.

Em 2025, alguns bancos centrais já ampliaram suas reservas de ouro a ponto de superar a proporção de Treasuries, indicando que o metal está ganhando status de alternativa ao dólar.

A prata rompe os US$ 40 e expõe desequilíbrio na oferta

Enquanto o ouro bate recordes, a prata ultrapassou os US$ 40 pela primeira vez em 14 anos, acumulando valorização sustentada por dois fatores: sua relativa defasagem em relação ao ouro e um déficit de produção pelo quinto ano consecutivo.

De acordo com o Commerzbank, da Alemanha, a demanda industrial por prata segue em alta, puxada por setores como energia solar, baterias e eletrônicos, enquanto a oferta não consegue acompanhar.

O metal é visto, portanto, como uma oportunidade mais acessível de investimento para quem busca diversificação diante da alta do ouro.

Impacto em outros metais preciosos

O movimento não ficou restrito ao ouro e à prata. A platina subiu 3,38%, chegando a US$ 1.416,60, o maior patamar desde julho, enquanto o paládio avançou 2,85%, para US$ 1.156,00.

Embora ainda longe de recordes, ambos mostram que a busca por metais preciosos se ampliou em meio ao enfraquecimento do dólar e ao aumento dos riscos globais.

O que esse movimento significa para o Brasil e o mundo

O fortalecimento do ouro e da prata pode impactar diretamente a economia global. Para países emergentes, como o Brasil, a tendência é de aumento no valor das exportações de metais e pressão sobre investidores locais que buscam proteção contra a volatilidade do câmbio e da bolsa.

No cenário internacional, a ascensão do ouro como reserva de valor frente aos Treasuries abre debate sobre o futuro da hegemonia do dólar no sistema financeiro.

Com bancos centrais diversificando suas reservas, a geopolítica monetária ganha um novo componente de instabilidade.

E você, acredita que o ouro e a prata vão continuar subindo e se consolidar como os refúgios mais seguros diante da crise global, ou acha que estamos diante de uma bolha passageira? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua visão sobre esse movimento histórico.

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