CEO da Fomentas defende ações para que o fim da informalidade

Um dos empresários de grande destaque da mineração em Mato Grosso e no país, Valdinei Mauro de Souza, o Nei Garimpeiro, contou sobre sua trajetória no setor ao Podcast Mineral. No bate papo, o CEO do Grupo Fomentas Mining Company relatou as principais ações que executa para fortalecimento do ramo em que atua e aproveitou para esclarecer as polêmicas políticas em que se viu envolvido durante as eleições presidenciais. 

Recentemente, o empresário se viu em meio a boatos relativos ao corte de repasses para o Hospital Geral de Poconé. Isso porque, a empresa que ele lidera, há anos contribui com repasses para a unidade de saúde que somam mais de R$ 60 mil mensais. Contribuição essa que, conforme especulações, seriam cortadas devido a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República. 

No entanto, Valdinei de Souza explica que a possibilidade de corte do repasse se deu, na verdade, a conflitos financeiros. “Nas vésperas das eleições o ouro caiu muito e o óleo diesel subiu em mais de 200%. Quando fomos olhar os custos, tudo triplicou e a margem de lucro ficou muito espremida. Eu já sabia que se cortasse o povo ia falar que era para exigir que votassem o que não era verdade”, pontuou. 

A única falha que ele cometeu, admite, foi a falha na comunicação com o prefeito do município, Tatá Amaral (UB) “Sendo amigo do prefeito eu deveria ter comunicado que estava pensando em parar. Não existe nenhum áudio, nenhuma mensagem do Nei pedindo voto”. O grupo Fomentas começou a contribuir anos atrás com 100% de medicamentos, além dos custos para realização de partos de risco.

“Estavam passando por uma fase muito difícil e assumimos as contas que estavam atrasadas e fizemos uma parceria boa com a prefeitura. Cadastramos mais de 1.500 pessoas para receberem cestas básicas, remédios, fraldas geriátricas”, disse. Em tempo, após toda a celeuma relativa ao corte de repasses, a empresa optou por manter a contribuição normalmente. 

Incentivos

O empresário também pontuou suas principais linhas de pensamento para melhorias no setor. “O Brasil precisa criar o mini minerador. Por exemplo, você vai a Poconé hoje e todo mundo é garimpeiro, só o Nei é minerador. Porque comprei a Salinas e já existia uma portaria autorizando a mineração. Precisa de muito investimento em pesquisa e sondagem e o caminho é esse para se tornar minerador”. 

Em seu ponto de vista, o setor público deveria criar linhas de crédito que fossem mais acessíveis para assim possibilitar que o trabalhador consiga tornar sua atividade formalizada. “Todo mundo cobra que o garimpeiro precisa ser correto, mas qual incentivo tem para isso? Onde tem uma cartilha falando que para ser minerador tem que andar por tal caminho? Não existe”.

Ao longo do podcast, Nei Garimpeiro também conta histórias da “garimpagem” em Mato Grosso e no Pará, numa conversa descontraída e com muito conteúdo. Se quiser conferir o bate-papo completo, acesse a íntegra da entrevista no Canal Mineramt no Youtube, por meio do link: https://youtu.be/xQCH1kFQM1E